Os últimos dias foram mais complicados que o normal. Passei o final de semana na emergência de um hospital, acompanhando minha avó.
É complicado ficar na emergência sentado numa cadeira tão ruim que, muitas vezes, foi melhor ficar de pé; É complicado acompanhar uma idosa e sentir que seu plano de saúde está cada vez mais parecido com o hospital público; É complicado ver alguns médicos de bate-papo, porque ainda não deu o horário do início do seu plantão, enquanto outros se viram em três para atender aos paciêntes que gemem de dor, nas camas próximas; É complicado não ter voz; É complicado sentir que quase nada está melhorando no Brasil e é cada dia mais complicado explicar para as pessoas, o por que de eu ainda ter fé na humanidade e em nosso país.
Se a vida fosse uma novela eu não me preocuparia, porque no final as coisas se ajeitam. Ser autor da sua própria história não quer dizer que você seja o protagonista, muitas vezes a vida rabisca sobre o seu texto e te faz mero coadjuvante dos acontecimentos. Talvez saber viver seja saber lidar com o que não se pode prever.
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